Funcionários não suportam mais as metas abusivas do programa Agir

13 de março 2013
Em todo o país surgem reclamações dos funcionários do Itaú referentes ao pagamento do programa Agir. Este programa próprio de remuneração variável não é negociado com o movimento sindical, o que permite ao Itaú aumentar as metas e mudar as regras ao seu bel prazer.
“Apesar do Itaú não abrir informações sobre este programa, o que temos percebido é que um número muito maior de funcionários não conseguiu cumprir as metas abusivas impostas pelo banco e ficou sem receber a remuneração variável. Não bastasse isso, ao receber a PLR da Convenção Coletiva, os trabalhadores que ganham acima de R$ 4.320,00 não receberam o teto de 2,2 salários, devido à provisão absurda de PDD feita pelo banco”, observa Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina e integrante da coordenação nacional da COE Itaú.
“Esse é o jeito Itaú de valorizar seus comissionados: pressão constante para o cumprimento de metas, alteração das regras para que eles não consigam cumpri-las, acúmulo de funções e não pagamento integral de PLR”, acrescenta Wanderley.
Esse cara sou eu – Mesmo com tanta pressão, os trabalhadores arrumam jeito de desabafar com criatividade. Um bancário enviou sua contribuição ao Sindicato de São Paulo, fazendo uma paródia da música Esse cara sou eu, de Roberto Carlos.
O cara que pensa no Agir toda hora
Que conta os seguros quando a meta estoura
Que está todo o tempo querendo vender
Porque já não sabe se o emprego vai ter
E no meio da noite não dorme e reclama
Pensando que o chefe não ama
Esse cara sou eu
O cara que pega o caixa pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Está do seu lado pro que der e vier
Desde que você venda pra homem ou mulher
Pra vender ele encara o perigo
Fazendo mil pontos sofridos
Esse caro sou eu
Eu sou um cara “feito pra você”
Quando chega a meta ele chora
Vendendo a mãe pra não ir embora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
Fonte: Sindicato de São Paulo