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Itaú: a quem interessa suspender a Bolsa Educação?

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28 de janeiro 2025

A direção do Itaú propôs aos Sindicatos, no apagar das luzes do ano de 2024, trocar algumas conquistas históricas, entre elas a Bolsa Educação, pela obrigação das entidades sindicais de chancelarem o Termo de Quitação de horas extras, ou, como denominam, validação das horas extras.

A Bolsa Educação foi conquistada com muita luta e assinada pelos Sindicatos há mais de 10 anos. O Acordo prevê que o banco disponibilize um número de bolsas, com determinados critérios, pagando mensalmente um valor fixo, como forma de incentivar a formação acadêmica dos bancários, gerando condições para a prestação de serviços aos clientes e a população, bem como melhor expectativa na qualidade de vida e de encarreiramento.

Atualmente, os Acordos Coletivos de Trabalho são debatidos e definidos separadamente, a exemplo da PCR (Participação Complementar nos Resultados), do ponto eletrônico, e da Bolsa Educação, garantindo desta forma a importância específica de cada um deles.

O que quer o Itaú

O banco quer usas nossas conquistas como moeda de troca. Eles querem incluir todas elas em um único acordo, isto é, um pacotaço, colocando os “bodes e jabutis” de interesse do banco, que trazem prejuízos aos bancários. O banco coloca nesta proposta o Termo de Quitação de horas extras, em que bancários e Sindicatos assinariam reconhecendo não haver mais nada a saldar. Essa é a condição. Ou assina tudo ou não assina nada. É a direção do Itaú fazendo chantagem com os direitos de quem proporciona o maior lucro de todo sistema financeiro nacional: os bancários e bancárias que trabalham duro no banco.

Quantos já passaram pela experiência de ser chamado para reuniões sem o ponto batido? De bater o ponto e continuar a produção depois do expediente? De receber ligação em celular ou mensagens em grupos fora do horário de trabalho, inclusive em feriados e finais de semana?

Isso é negociação?

Para o movimento sindical isso é imposição, e quando as coisas são impostas, tudo leva a crer que tem problemas. Os Sindicatos que representam os trabalhadores nunca eliminaram a etapa negocial como ferramenta de diálogo e democracia, sempre valorizando a negociação feita com transparência e honestidade.

O que propomos

O movimento sindical não abre mão de continuar as negociações, ao contrário do que disse o banco em comunicado no dia 23 de janeiro.

Desafiamos o Itaú a assinar imediatamente os acordos pacificados, entre eles, a Bolsa Educação. Nos comprometemos a aprofundar, em mesa de negociação, o diálogo sobre a validação do ponto.

Mas se o Itaú não ver a mesa de negociação como forma para exaurir as divergências, de forma séria e democrática, iremos usar todas as ferramentas possíveis para garantir as conquistas que vieram com muita luta.

O que fazer

Fiquem atentos aos comunicados do seu Sindicato. Vamos precisar de todo mundo para cobrar do Itaú o respeito com a educação e nossas conquistas. Vamos à luta!

Fonte: Fetec/PR