Nesta semana, em que são realizadas atividades em vários centros do país para marcar o dia 28 de janeiro, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, foi lançada a Petição Eletrônica na internet para apoiar esta luta. O documento recolhe assinaturas para que sejam julgados os responsáveis pela chacina ocorrida em 2004, em Unaí (MG), quando quatro servidores do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) foram assassinados durante fiscalização denúncia de existência de exploração de mão de obra naquele município.

Clique aqui para a assinar a Petição.

Esta mobilização teve hoje (28/01), Ato Público em frente ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, para lembrar os 11 anos do bárbaro crime feito contra os fiscais do MTE. Os responsáveis pela chacina permanecem livres e o Brasil ainda não conseguiu aprovar no Congresso Nacional uma legislação para punir esse tipo de prática.

Durante o ato, a diretoria do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-fiscais do Trabalho) cobraram, mais uma vez, o julgamento dos acusados de serem mandantes do crime em Unaí. Outras duas outras atividades realizadas em Brasília nesta quarta-feira destacaram a luta pelo combate à escravidão no país.

De acordo com dados do MTE, as operações de combate ao trabalho análogo ao de escravo mostraram que no primeiro semestre de 2014, auditores fiscais do Trabalho realizaram 57 operações que culminou na autuação de 109 empregadores flagrados utilizando mão-de-obra ilegal, com identificação de 421 trabalhadores na condição análoga a de escravo. As ações do grupo móvel do MTE alcançaram mais de 9 mil trabalhadores.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado - 2.495/PR