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Comando orienta rejeição dos 5,5% e convoca greve a partir do dia 6/10

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25 de setembro 2015

A Fenaban não só frustrou, como agiu de forma desrespeitosa com bancários e bancárias, ao apresentar uma proposta para a categoria com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00, durante a rodada de negociação desta sexta-feira (25/09), em São Paulo. O reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.

Diante da intransigência dos banqueiros em atender às reivindicações da categoria, que busca, entre outros pontos, reajuste de 16% (incluindo 5,7% de aumento real), o Comando Nacional dos Bancários aprovou um calendário de mobilizações para pressionar os bancos, apontando greve a partir do dia 6 de outubro, orientação que será deliberada nas Assembleias dos trabalhadores entre os dias 1° e 5 de outubro em todo o País.

Vale lembrar que o setor financeiro lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, com um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Seguindo a orientação do Comando, vamos defender a rejeição desta proposta na Assembleia do dia 1º de outubro e aprovar o indicativo de greve a partir do dia 6", afirma Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.

Para ela, mais uma vez os bancos desrespeitam a categoria, mesmo obtendo lucros bilionários. “A resposta será dada pelos bancários e bancárias com a paralisação das atividades em todo o país”, avisa Regiane.
 

Proposta dos bancos

- Reajuste de 5,5%
(representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).

- Piso portaria após 90 dias: R$ 1.321,26

- Piso escritório após 90 dias: R$ 1.895,25

- Piso caixa/tesouraria após 90 dias: R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa)

- PLR regra básica: 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87

- PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16

- Antecipação da PLR: primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016

- Regra básica: 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro

- Parcela adicional:  2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08

- Auxílio-refeição: R$ 27,43

- Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta: R$ 454,87

- Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses):  R$ 378,56

- Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses): R$ 323,84

- Gratificação de compensador de cheques:  R$ 147,11

- Requalificação profissional: R$ 1.294,49

- Auxílio-funeral - R$ 868,58

- Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto: R$ 129.522,56

- Ajuda deslocamento noturno: R$ 90,67
 
 

Reivindicações da categoria:
- Reajuste salarial de 16%, (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)


- PLR: 3 salários mais R$7.246,82

- Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

- Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

- Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

-  PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) para todos os bancários.

- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

- Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

- Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).