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Fenae e Contraf/CUT cobram da Caixa fim da convocação de empregados para trabalho em fins de semana

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25 de julho 2013

Em ofício à Caixa Econômica Federal, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) exigem o fim das convocações de empregados para trabalho fora de suas unidades de lotação e em fins de semana. Com base nessa reivindicação, as duas entidades cobram ainda o pagamento integral a todos os empregados de todas as horas já trabalhadas em tais circunstâncias, independentemente de cargos e funções que exerçam.

O documento da Fenae e da Contraf/CUT lembra que as convocações feitas pela Caixa, “além de condenáveis por subverterem as regras contratuais, incorrem ainda em uma série de problemas, por não observarem as regras de boa relação trabalhista e, em muitos casos, não respeitar sequer os direitos dos trabalhadores estabelecidos em acordo coletivo”.

Como essas convocações têm sido rotineiras, sobretudo aos sábados, como estratégia de atuação no mercado, a Fenae e a Contraf/CUT afirmam que tal procedimento impõe sacrifícios ainda maiores aos já sobrecarregados trabalhadores bancários, “cujo dia a dia tem sido marcado pela extrapolação da jornada regular de trabalho, pela pressão por metas exorbitantes e muito frequentemente também pelo assédio moral, tudo isso sem que seus direitos sejam completamente respeitados e sem o devido reconhecimento profissional e salarial”.

O texto da Fenae e da Contraf/CUT lembra ainda que os empregados da Caixa não gozam sequer do justo pagamento de todas as horas extras que realizam, acrescentando: “Irregularidades na marcação do ponto e nas formas de compensação se complementam na exploração de trabalho gratuito, contribuindo para a deterioração das condições de trabalho e de saúde”.

É dito também que os bancários da Caixa já dedicam ao trabalho grande parte do tempo que deveriam ter para a convivência familiar, para o laser e para a vida social. Diante disso, segundo a Fenae e a Contraf/CUT, “é necessário que a empresa reveja sua estratégia de atuação no mercado, para que o trabalho extra-jornada semanal regular seja dispensável e definitivamente abolido”.

Desconto por ausência ao trabalho em 11 de julho
Em outro ofício encaminhado à Caixa, dessa vez relativo ao desconto por ausência ao trabalho no dia de mobilização nacional dos trabalhadores em 11 de julho, convocada pelas centrais sindicais, a Fenae e a Contraf/CUT lamentaram o fato de a empresa ter desconsiderado reivindicação feita pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), de não-desconto do dia do empregado que eventualmente tenha faltado ao trabalho.

O texto critica a empresa por ter feito uma distinção absurda: desconto do dia para o empregado que tenha aderido à mobilização e a compensação para o que tenha faltado por impossibilidade de acesso à unidade. Isto é classificado pela Fenae e pela Contraf/CUT como tratamento de clara intolerância em relação ao trabalhador que atende ao chamamento de suas representações sindicais para participação em atos por elas convocados.

A respeito do assunto, a Fenae e a Contraf/CUT reivindicam abono para o dia não trabalhado, “tanto por reconhecimento a eventual dificuldade de deslocamento pelo bancário como ao seu direito de participar de iniciativas de suas entidades representativas, especialmente no caso específico, que contou com o envolvimento de todas as categorias de trabalhadores brasileiros, por ação conjunta de todas as centrais sindicais do país”.