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Coletivo Nacional de Mulheres Bancárias define ações

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24 de agosto 2014

As integrantes do Coletivo Nacional de Mulheres Bancárias se reuniram nos dias 20 e 21 de agosto, em Recife (PE), para discutir as questões de gênero na Campanha Nacional Unificada 2014 e definir estratégias. Os Sindicatos do VIDA BANCÁRIA foram representados neste encontro pelas diretoras Edméia Souza Oliveira Amaral, do Sindicato de Cornélio Procópio, e Kelly Menegon, de Londrina.

Com a participação de cerca de 20 pessoas, a reunião do Coletivo foi iniciada com a leitura do texto “Feminismo, Prática Política e Luta Social”, de autoria da cientista social Tatau Godinho.

Segundo Kelly Menegon, um dos principais pontos discutidos foi a não inclusão na Minuta de Reivindicações deste ano de propostas relacionadas às mulheres levantadas nas Conferências Estaduais. “Foi decidido realizar reuniões exclusivas para tratar disso e pressionar as Federações Estaduais da categoria a cobrar da Contraf-CUT o cumprimento do que estiver nas atas”, relata.

Kelly afirma que na avaliação do Coletivo de Bancárias é preciso incluir na Consulta Nacional questões que dizem respeito às mulheres, pois em alguns bancos elas representam 60% do quadro.

A questão das cotas nas direções dos Sindicatos e demais instâncias de representação da categoria também foi abordada. “Não são todos os Sindicatos que cumprem as cotas. Se todos fizessem isso, com certeza teríamos mais força”, avalia a diretora do Sindicato de Londrina, afirmando que o Coletivo de Mulheres tem peso sim, pois a Cartilha do Assédio Sexual, por exemplo, foi uma deliberação deste fôro e teve 90 mil exemplares distribuídos em diversas bases sindicais do país.

Ainda de acordo com Kelly Menegon, a questão das cotas para mulheres será cobrada em relação ao próximo Congresso da Contraf-CUT, bem como nos demais eventos, conforme já aprovado pela CUT. Na reunião de Recife foi definida a participação ativa das mulheres bancárias no Plebiscito Popular, a ser realizado entre os dias 1º e 7 de setembro, bem como da Marcha das Mulheres Negras, que ocorrerá em maio de 2015, da Ação das Mulheres da CUT, em março do próximo ano, e da Marcha das Margaridas.

''Não estamos reivindicando nada além dos nossos direitos. Queremos que estes sejam cumpridos nesse universo tão machista, pois somos maioria dentro dos bancos e metade da população mundial'', argumenta Kelly.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado -2.495/PR