Dirigentes sindicais do Paraná buscam apoio do Governo Federal na luta pelos empregos

24 de junho 2015
Dirigentes do Sindicato de Curitiba e da Fetec-CUT/PR participaram de reunião ontem (23/06), em Brasília, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT). O objetivo do encontro foi levar ao Governo Federal a preocupação a respeito da venda do HSBC.
Com mais de 21 mil trabalhadores e 853 agências em todo o Brasil, os dirigentes sindicais alertaram para o risco que os trabalhadores poderão sofrer caso algum dos três maiores bancos particulares do País (Itaú, Bradesco e Santander) assumam as operações do grupo financeiro inglês.
Elias Jordão, presidente do Sindicato de Curitiba, revelou que a reunião com o ministro e com a senadora foi bem proveitosa e que ambos estão preocupados com o futuro dos empregados do HSBC. "Percebi que o Governo está preocupado com este processo de venda por conta dos empregos que estão em jogo. Eles informaram que teriam dificuldades em fazer uma intervenção direta, entretanto, nos garantiram que vão fazer tudo o que estiver ao alcance deles", afirma.
Elias falou no que o Governo Federal poderia ajudar nesta causa. "Foi nos dito que poderiam acionar o Banco Central para que avalie não apenas a questão do mercado, mas, também, a dos empregos que estão em jogo. Eles podem ainda tentar intermediar uma conversa com o presidente do HSBC no Brasil, André Brandão, para saber o porquê da saída do banco do Brasil, de como a negociação está sendo conduzida e como vão fazer para preservar os postos de trabalho", comenta. Segundo o presidente do Sindicato de Curitiba, a senadora Gleisi fez contato com o presidente do BC e deve agendar uma nova conversa, com a participação de algum representante do alto escalão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Pressão
Para Júnior César Dias, presidente da Fetec-CUT/PR, vai ser preciso a mobilização dos bancários para pressionar não apenas a diretoria-executiva do banco no Brasil. É preciso ir além e cobrar também da matriz, que fica em Londres. "Enquanto não se tem uma definição do processo negocial do HSBC nós, os trabalhadores e trabalhadoras do banco, e o movimento sindical, precisamos pressionar a diretoria no Brasil e a de Londres para que os empregos sejam preservados independentemente do grupo que venha assumir as atividades deste banco no Brasil. E para isso estamos buscando apoios de senadores, deputados, vereadores, MPT (Ministério Público do Trabalho), e do Governo Federal", enfatiza.
Por Flávio Augusto Laginski/Sindicato de Curitiba