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CUT apoia greve dos caminhoneiros

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24 de maio 2018

Em nota divulgada na quarta-feira (23/05), o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que a entidade apoia a greve dos caminhoneiros, iniciada no dia 21 e que tem por objetivo pressionar o governo Michel Temer (MDB) a baixar os preços dos combustíveis.

“Os aumentos nos preços dos combustíveis tornam inviáveis ao trabalhador caminhoneiro prover o seu sustento e o da sua família, já que o valor do frete não cobre os reajustes diários e diminui o valor do salário dele”, denunciou o dirigente.

Segundo Vagner, essa elevação exagerada faz parte da estratégia do governo de jogar a opinião pública contra a Petrobras para encaminhar sua privatização, da mesma forma como esta sendo feito com as demais empresas estatais brasileiras.

Bloqueio nas estradas já afeta abastecimento em vários Estados

A greve dos caminhoneiros, chamada nos noticiários da Rede Globo de “paralisação” ou de “protesto”, já está afetando o abastecimento à população em 23 Estados, com a falta de combustível nos postos, alimentos nos supermercados e de fornecimento de matéria-prima para as indústrias devido ao bloqueio das estradas.

Nos grandes centros está ocorrendo congestionamento nas rodovias e nos portos, como o de Santos, por exemplo, o maior do Brasil em cargas, está sendo barrada a entrada e saída de caminhões.

No Rio de Janeiro, a greve já está atingindo o transporte público do município, que teve a frota diminuída por falta de combustível.

Este mesmo problema está comprometendo aeroportos em diversos Estados do País, com destaque para o de Brasília, onde os caminhões que levam querosene de avião estão retidos na entrada da cidade. Resta saber como os políticos voltarão para seus redutos eleitorais caso a greve persista por mais dias.

Aumentos sucessivos

Os caminhoneiros estão em greve contra os sucessivos reajustes nos preços do diese que vêm ocorrendo em função de mudança na política de preços da Petrobras, em vigor desde julho, imposta pelo atual presidente da estatal Pedro Parente.

Pressionado pelo movimento e seus impactos em diversos setores do País, no final da tarde de terça-feira (22), Temer (MDB) mandou a Petrobras reduzir os preços da gasolina em 2,08% e os do diesel em 1,54% nas refinarias a partir de quarta-feira. Porém, os caminhoneiros ignoraram essa medida, por considerarem insuficiente. Eles querem a redução da carga tributária para o diesel e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE).

A política de reajuste dos combustíveis, que aumenta os preços de acordo com a variação do barril de petróleo no mercado externo, elevou em 16,07% o valor da gasolina somente no mês de maio.

Fonte: CUT Nacional