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Audiência na Câmara dos Deputados ressalta importância de manter a Caixa 100% pública

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23 de novembro 2015

A manutenção do controle acionário da Caixa Econômica Federal pela União foi objeto de debate em Audiência Pública convocada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, da Câmara dos Deputados no dia 17 de novembro, em Brasília. Estiveram presentes dirigentes da Fenae (Federação das Associações de Pessoal da Caixa), do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de entidades representativas dos empregados, entre outros convidados.

Nesta Comissão tramita o PL (Projeto de Lei) 551/15, que visa impedir a venda de ações da Caixa, assim como a transferência de lotéricas à iniciativa privada.

A audiência pública contou também com a participação da deputada federal (PT-DF) e empregada da Caixa, Erika Kokay; os diretores da Fenae Clotário Cardoso, Natascha Brayner e Anabele Silva, concursados do banco, entre outros.

“O debate foi extremamente importante. Defendemos a manutenção da Caixa 100% pública e o protagonismo do banco no desenvolvimento social do país. A Caixa tem papel fundamental na implementação das políticas públicas de Estado, programas sociais e de transferência de renda”, ressalta o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, acrescentando que “desde o ano passado, a Fenae, bem como outras entidades do movimento sindical e associativo dos empregados da Caixa estão mobilizando a sociedade para garantir que o capital da Caixa não seja aberto. No Congresso, por exemplo, existe uma frente parlamentar em defesa do banco com a participação de 223 parlamentares. E nossa luta vai continuar”.

O diretor da Fenag, Marconi Apollo, também se posicionou contrário a abertura do capital social da empresa. "Quando um banco deixa de ser 100% público e passa a ter outros sócios da iniciativa privada, a grande pergunta é: o quanto vamos ganhar? Já a Caixa, enquanto empresa 100% pública, se pergunta: que benefício vou levar para a população?"

Para a deputada Erika Kokay, as funções sociais exercidas pelo banco deixariam de acontecer se a Caixa fosse pautada pelo “olhar do lucro”.  “Dizer que a iniciativa privada representa maior controle significa desconhecer a história do país”. Ela lembrou casos de bancos nacionais comandados pela iniciativa privada que faliram, como o Econômico e o Bamerindus.

Fonte: Fenae