CUT e demais Centrais garantem piso regional com ganho real no PR

23 de janeiro 2025
Foto: Manoel Ramires / BdF
Trabalhadoras e trabalhadores do Paraná terão aumento real no salário mínimo regional. A decisão ocorreu após intensa pressão da CUT e demais Centrais Sindicais no CET (Conselho Estadual do Trabalho), espaço onde o reajuste do piso é debatido entre a representação da Classe Trabalhadora, Sindicatos patronais e governo do Estado. O anúncio foi na última sexta-feira (17/01), em Curitiba, na reunião mensal do CET.
O presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, disse que apesar do ganho real e da intensa pressão da Central, ainda seria possível avançar mais. “É importante salientar que, embora o ganho real seja fundamental, ainda poderíamos ter avançado mais com um pouco de boa vontade das outras bancadas (patronal e Governo do Estado). Contudo, seguimos na política de valorização e vamos estabelecer mecanismos para continuar ampliando a renda da Classe Trabalhadora no Paraná”, pontuou Kieller.
No Paraná, que é um dos cinco estados do País a ter um salário mínimo diferenciado, cujo valor é dividido em quatro grupos distintos. O primeiro deles receberá R$ 1.984,16 e abrange trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca, correspondendo ao Grande Grupo 6 da CBO (Classificação Brasileira de Ocupações). O reajuste total foi de 6,85% e 1,99% de ganho real. Já o segundo ponto, que abrange os Grandes Grupos 4, 5 e 9 da CBO receberá R$ 2,057,59, com reajuste total de 6,78% e ganho real de 1.91%.
Na sequência o conjunto que engloba os grandes grupos 7 e 8 da Classificação Brasileira de Ocupações. O salário será de R$ 2.113,42 com reajuste 6,71% e 1,85% de ganho real. Por último o grupo 4, que engloba o grande grupo 3 da CBO. Neste caso o salário será de R$ 2.275,36 após o reajuste de 6,71% com ganho real de 1,85%.
O economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Sandro Silva, fez um histórico das negociações do piso regional. "Desde o governo Beto Richa, os valores do piso regional vêm sendo negociados no Conselho Estadual do Trabalho. Com o Ratinho, o governador se apropriou do resultado da negociação, mediando apenas o processo e sem intervenção. Mas em 2022 foi diferente. O governo fez uma proposta, que tem validade por 4 anos (2023 a 2026), que acaba gerando perdas em relação ao salário mínimo nacional, interrompendo um período de avanços, sendo ruim para os trabalhadores paranaenses”, comentou o economista ao jornal Brasil de Fato.
Por Redação CUT Paraná, com informações de Manoel Ramires do Brasil de Fato - PR