Na tarde de ontem, 20/07, os participantes da 15ª Conferência Nacional participaram de Grupos de Trabalho, para aprofundar os temas e apontar prioridades para os debates que acontecem na Plenária final deste domingo.

Emprego - As reivindicações sobre emprego deverão estar entre as questões centrais da Campanha Nacional 2013. Com destaque para a luta contra o Projeto de Lei 4330, que, a pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, praticamente acaba com o emprego formal e os direitos trabalhistas.

Esse foi o principal debate feito pelos delegados sindicais que participaram do Grupo de Trabalho sobre Emprego, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários.

“O combate à rotatividade nos bancos privados e à eliminação de postos de trabalho também são fatores de mobilização da categoria para a Campanha deste ano”, avalia Ana Cláudia Ribeiro, diretora do Sindicato de Londrina.

As prioridades na defesa do emprego passam pelo fortalecimento da luta pela Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe as demissões imotivadas e o combate às terceirizações.

Condições de trabalho - O combate à política de metas, assédio moral e insegurança foi o principal foco de discussão do grupo que discutiu Condições de Trabalho.

Uma das novidades é a proposta de incluir na Minuta a regulamentação do processo de obras para reformas nas agências. Os participantes do grupo entenderam que a Convenção Coletiva deve tratar do assunto, definindo que os funcionários da agência a ser reformada sejam remanejados para outros locais de trabalho.

“Saúde e condições de trabalho têm sido uma das principais bandeiras de luta do movimento sindical. Precisamos efetivamente combater o processo de adoecimento que afeta a categoria bancária, fruto da falta de funcionários, cobrança abusiva de metas e péssimas condições de trabalho”, declara Dulce Silveira, secretária de Saúde da Fetec-CUT/Pr.

Igualdade de oportunidades - Na Minuta, outra novidade é a proposta de inclusão de uma cláusula que garanta vagas de estacionamento para funcionários com deficiência. O texto prevê que, caso não seja possível oferecer o espaço na dependência, o banco deve arcar com a despesa de estacionamento em outro local.

“Também consideramos necessário que para as bancárias gestantes e adotantes, a prorrogação da licença-maternidade seja automática, depois dos 120 dias obrigatórios que constam na CLT”, ressalta Regiane Portieri, secretária de Saúde do Sindicato de Londrina.

Segurança bancária - Os bancários também discutiram medidas e equipamentos para garantir prevenção contra assaltos e sequestros, bem como assistência às vítimas e adicional de 30% de risco de morte, dentre outras demandas.

Remuneração - Os debates realizados apontam para a mobilização total para garantir o aumento real de salários nesta Campanha Nacional de 2013.

“O reajuste acima da inflação vem sendo conquistado há oito anos consecutivos e será uma das principais reivindicações da nossa Campanha, junto com a valorização do piso salarial da categoria”, informa Ivaí Barroso, diretor do Sindicato de Cornélio Procópio.

As propostas formuladas no grupo variaram de 5% a 20% de aumento real. A decisão quanto ao índice será tomada pela plenária final da 15ª Conferência. Já a respeito do piso salarial defendido pelos bancários, a referência é o mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cujo valor era em junho R$ 2.860,21.

Reestruturação produtiva no sistema financeiro - Nesta Campanha Nacional 2013, a categoria vai se empenhar na luta por um sistema financeiro socialmente responsável, com atuação voltada para o desenvolvimento do país.

“Precisamos lutar por uma verdadeira inclusão bancária, onde o atendimento à sociedade aconteça em agências e Pabs, com o serviço sendo feito por bancários, com garantia de sigilo e segurança”, destaca Rose Zanin.

Os delegados e delegadas do Grupo também ratificaram as propostas que já constam da Minuta de reivindicações da categoria do ano passado no que diz respeito à instituição de comissão para negociar com os representantes dos bancos todos os casos de reestruturação administrativa e de introdução de novos equipamentos e tecnologias que possam afetar o emprego no setor.

Unidade na  luta - Como estratégia para se obter avanço nessa Campanha Nacional 2013, os presentes nesta 15ª Conferência destacam a importância de se intensificar as denúncias sobre os descasos dos bancos para com trabalhadores, clientes e usuários, valendo-se de atividades de mobilização e de campanhas de mídia.

E, sobretudo, os delegados desta 15ª Conferência reforçam a importância da unidade da categoria, sob a organização do Comando Nacional dos Bancários, tendo as assembleias de base como instância máxima de decisão.