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Diretoria da Caixa anuncia nova fase da reestruturação

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21 de abril 2018

Em comunicado interno, a direção da Caixa Econômica Federal informou aos empregados empregadas dados sobre o  Programa Eficiência, lançado na quinta-feira (19/04), com o objetivo de reduzir ainda mais as despesas operacionais para chegar em R$ 2,5 bilhões até 2019.

Essa nova medida do velho programa de reestruturação encaminhado desde que Michel Temer (MDB) assumiu o governo do País é um desrespeito ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), que prevê diálogo com as entidades sindicais sempre que houver interesse do banco em promover mudanças que afetem direitos e s condições de trabalho de seu quadro de pessoal.

“No ACT temos uma cláusula que obriga a Caixa, no caso de uma reestruturação, a dialogar com os empregados, trazer os aspectos da reestruturação para a mesa de negociação. Cobramos da Caixa que respeite o acordo assinado por ela e esclareça como pretende reduzir em R$ 2,5 bilhões as despesas operacionais até 2019, o que não é explicado no comunicado enviado aos empregados”, enfatiza o diretor do Sindicato de São Paulo e coordenador da CEE (Comissão Executiva dos Empregados), Dionísio Reis.

Dionísio lembra que está marcada para o dia 24 a próxima mesa de negociação permanente entre a representação dos empregados e o banco.

“Cobraremos da direção da Caixa respeito à carreira dos empregados e que essa nova reestruturação não busque reduzir as despesas operacionais às custas das funções dos trabalhadores, com descomissionamentos arbitrários. Nosso recado é claro. Não aceitaremos retirada de direitos. Também nos preocupa os impactos sobre a Caixa 100% pública, sua função social, tão fundamental para o país, que hoje já está sob ataque do governo Temer”, adianta.

De acordo com o comunicado da Caixa, o programa será implementado em fases e terá duração total de 18 meses. O primeiro foco será “eficiência e redução de despesas”. Em seguida, “processos e pessoas”. O trabalho terá a coordenação da Deore (Diretoria de Organização e Estratégia) e abrangerá todas as 22 diretorias do banco público.

“Na atual conjuntura de ameaças privatistas, seja pelo atual governo ou por pré-candidatos de direita à Presidência, de ataques aos trabalhadores e seus direitos, é fundamental que os empregados e empregadas da Caixa façam uma forte mobilização pela manutenção dos nossos direitos e empregos”, ressalta o coordenador da CEE.

Fonte: Sindicato de São Paulo