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Bancários cobram mais contratações e taxas menores na reunião do CRT

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20 de novembro 2015


A COE Santander se reuniu na manhã do dia 18/11, em São Paulo,
para preparar os debates que seriam feitos no âmbito do CRT 

O CRT (Comitê de Relações Trabalhistas do Santander se reuniu na quarta-feira (18/11), em São Paulo. O fórum de debate é uma conquista dos bancários, está previsto no acordo aditivo à CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e tem o objetivo de discutir temas e demandas específicas dos trabalhadores do banco.

Entre os temas debatidos na reunião estão a isenção de tarifas para funcionários aposentados que não recebem complementação do fundo de previdência, mais contratações, melhores condições de trabalho, reivindicações sobre os planos de saúde e pendências relativas ao Programa Jeito Certo.

Acesse aqui a íntegra da pauta discutida no CRT do Santander.

Tarifas

Os funcionários da ativa e funcionários com fundo de previdência já conquistaram a isenção de tarifas bancárias em negociação anterior dentro do CRT, mas a reivindicação é ampliar esta isenção para os aposentados que não recebem complementação do fundo de previdência.

Também são constantes as reclamações dos trabalhadores sobre as taxas de juros. O percentual cobrado no consignado para os funcionários chega a ser maior do que o praticado para servidores públicos, o que caminha na contramão de uma política de valorização do quadro.

A COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander reivindicou diminuição dos juros no crédito consignado e a redução das taxas cobradas dos funcionários, as quais sofreram reajuste de 4,9% para 6,9% em outubro.

Para Acácio dos Santos, diretor do Sindicato de Londrina, da Afubesp e representante do Vida Bancária na COE Santander, o argumento do banco de que os juros seguem a tendência do mercado não cabe nesta discussão.

“Esse discurso cabe para o público externo, mas para os funcionários o Santander tem a obrigação de oferecer taxas mais baixas para auxiliar no equilíbrio das finanças de seus trabalhadores e trabalhadoras, levando em conta ainda que nesta modalidade de crédito consignado não há inadimplência, pois os empréstimos são debitados diretamente na folha de pagamento”, critica.

O Santander se comprometeu a fazer um diagnóstico com a área responsável sobre os temas e voltar a discutir o assunto na próxima reunião.

Emprego

Embora o balanço do primeiro semestre de 2015 indique um aumento de 1.038 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado, o mesmo balanço do Santander aponta que aumentou a quantidade de contas correntes por funcionários e diminuiu o número de trabalhadores por agência.

“Isso significa que aumentou a carga de trabalho para os funcionários. Para resolver este problema é preciso realizar mais contratações, uma reivindicação constante do movimento sindical em todas as mesas de negociações com o banco”, destaca Maria Rosani, coordenadora da COE Santander.

Condições de trabalho

A COE do Santander ainda cobrou melhoria nas condições de trabalho nas agências, postos de atendimento e Centros Administrativos. Entre os pontos discutidos está o fim da imposição de compensação das horas extras de acordo com a vontade do gestor.

Na avaliação da COE, a compensação das horas deve ser estabelecida em comum acordo entre o funcionário e o gestor e não uma imposição, como tem sido verificado nas agências. Neste ponto, o banco também demonstrou ter o mesmo entendimento e se comprometeu a enviar um comunicado a respeito do assunto na próxima semana.

Os dirigentes sindicais também reivindicaram o fim da pressão, das metas abusivas e denunciaram a cobrança dos gestores através de aplicativos como o Whatsapp, o que é proibido, de acordo com a cláusula 36ª da Convenção Coletiva de Trabalho.

Planos de Saúde

A COE também solicitou o reajuste no valor do reembolso das despesas previstas nos Planos de Saúde e realizadas por profissionais não conveniados. O Santander tem reajustado a contribuição dos funcionários para o Plano, mas o reembolso permanece defasado.

Outra reivindicação é que o reajuste do plano de saúde Cabesp, dos aposentados optantes, seja igual ao reajuste de sua aposentadoria (INSS mais a complementação), para que continuem pagando, desta forma, o percentual de 5% de seu salário, conforme o art. 18 do estatuto da Cabesp.

“Estamos aguardando o posicionamento do Santander em relação aos pontos levantados na reunião do CRT, na expectativa de que surgirão os avanços pretendidos para melhorar as condições de trabalho e dar tranquilidade ao quadro em relação os vários problemas existentes”, finaliza Acácio dos Santos.

Fonte: Contraf-CUT