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Contraf-CUT denuncia BB ao MPT por ameaças contra Direito de Greve

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20 de setembro 2013

Para intimidar os funcionários a não participar da greve que começou ontem (19/09), a direção do Banco do Brasil voltou a apelar para práticas antissindicais. Em dois boletins publicados em seu site de negociação coletiva, sob os títulos "Convite para Reflexão", de 12/9, e "Transparência para o debate", de 16/9, o BB assedia os bancários a não participarem da greve e, reitera, sob o pretexto de prestar esclarecimento, que pode demitir por ato de gestão.

Em 2012, o banco usou a mesma estratégia e a Contraf-CUT, após duas audiências com o MPT (Ministério Público do Trabalho) - em dezembro de 2012 e fevereiro de 2013 -, conseguiu que fosse aberto processo investigativo por suspeita de prática antissindical, tendo em vista o assédio e a perseguição sofrida pelos funcionários que participaram da greve, com cancelamentos de férias e descontos de dias parados, não previstos na Convenção Coletiva, dentre outras práticas antissindicais.

Diante de mais essa prática ilegal do BB, a Contraf-CUT vai encaminhar as novas denúncias ao MPT, anexando os boletins publicados nas últimas semanas às provas de 2012, para mostrar que o banco persiste na mesma conduta contra o direito de greve do trabalhador.

"A direção do banco não aprende mesmo a respeitar a democracia e o Direito de Greve. Nós denunciamos práticas antissindicais do BB após a greve de 2012 e o banco já ameaça de novo", critica William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "O banco prefere ameaçar seus funcionários no lugar de negociar com seriedade, propor melhorias no Plano de Funções unilateral e prejudical ao funcionalismo, prefere ameaçar ao invés de acabar com a discriminação e propor uma mesa com prazo determinado para incluir todos os bancários na Cassi e na Previ e prefere assediar ao invés de atender às demandas econômicas e sociais, como aumento real, piso do Dieese, fim do assédio moral e das metas abusivas, contratar os concursados, melhores condições de saúde e trabalho, previdência e segurança bancária", afirma o representante dos trabalhadores.

Bancários do BB devem fortalecer a greve nacional

"Conclamamos que todos os colegas do BB participem fortemente da greve porque as reivindicações são justas e legítimas e os bancários merecem respeito. O banco passa semanas escrevendo maravilhas de que é o melhor lugar do mundo para se trabalhar, mas a realidade é adoecimento, descomissionamentos, pressão, assédio moral com dezenas de torpedos e cobranças violentas ao dia, falta absurda de funcionários, PSO sem a mínima condição de trabalho, reestruturações com ameaça de demissão e terceirização etc. Aonde é esse país das maravilhas que a direção do banco diz que existe?", questiona William Mendes.

Fonte: Contraf-CUT