Discussões com a Fenaban prosseguem hoje e nas próximas semanas

20 de agosto 2014
A primeira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2014, iniciada ontem (19/08), em São Paulo, prossegue hoje e se estenderá até o dia 11 de setembro, conforme estabelece o Calendário definido entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.
O tema que está sendo debatido é saúde e condições de trabalho, que envolve o adoecimento de bancários e bancárias, as metas abusivas, assédio moral e diversos outros assuntos. “Como se comportaram nos anos anteriores, os representantes dos bancos na mesa de negociações se recusam a discutir metas, alegando que isso diz respeito à gestão de cada banco, mas na verdade o problema é bem maior, pois envolve a saúde de milhares de trabalhadores bancários que têm adoecido física e psicologicamente por essa busca incessante de lucros cada vez mais altos”, avalia Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina.
Wanderley acredita que a continuar com esse discurso dos banqueiros, a categoria vai precisar de uma mobilização muito forte para atingir seus objetivos. “Precisamos mostrar a eles que não abrimos mão do que queremos e que estamos dispostos a ir em frente nesta luta, ampliando a pressão nesta Campanha para conquistar mais”, alerta.
Confira abaixo a agenda da Campanha 2014:
Agosto |
20 - 8h30 às 13h00: Saúde e condições de trabalho |
27 - 10h00 às 18h00: Igualdade de Oportunidades e Segurança Bancária |
28 - 8h30 às 13h00: Igualdade de Oportunidades e Segurança Bancária |
Setembro |
03 - 13h00 às 18h00: Emprego e Remuneração (PCS e piso) |
4 - 10h00 às 18h00: Emprego e Remuneração (PCS e piso) |
10 - 13h00 às 18h00: Remuneração (índice de reajuste, PLR e auxílios) |
11 - 10h00 às 18h00: Remuneração (índice de reajuste, PLR e auxílios) |
Principais reivindicações da Campanha Salarial 2014
> Reajuste salarial de 12,5%.
> Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 6.247.
> Piso de R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese em valores de junho).
> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos os bancários;
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;.
> Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).