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Rodrigo Maia manobra e Câmara aprova urgência para Reforma Trabalhista

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20 de abril 2017

Mais uma vez de forma autoritária, a Câmara dos Deputados, agora sob a batuta do presidente Rodrigo Maia, atropelou o regimento interno da Casa e aprovou o regime de urgência para a Reforma Trabalhista (PL 6787/16), em votação realizada no início da noite de ontem (19/07), em Brasília.

O resultado foi obtido com uma manobra política, denunciada pela oposição e chamada de "método Cunha" por desrespeitar as normas de funcionamento da Câmara ao repetir uma votação sobre a mesma questão em menos de 24 horas.

Na noite de terça (18), o Plenário havia rejeitado o Regime de Urgência por insuficiência de votos, pois o pedido obteve o apoio de 230 parlamentares, quando o necessário é 257. Nesta segunda votação, os golpistas conseguiram 287 votos a favor da urgência e 144 contra, aprovando a medida.

Confira aqui como votaram os deputados.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que estava presente no Plenário enquanto Rodrigo Maia orquestrava o desmonte dos direitos trabalhistas, a base aliada do governo ilegítimo está pagando a fatura do golpe aos empresários que patrocinaram a queda do governo democrático com a promessa de retirar os avanços sociais da última década.

"Diante de tal desfaçatez nossa resposta é povo na rua dia 28 de abril com a Greve Geral que a CUT e centrais sindicais estão convocando. É importante lembrar que esses deputados que estão promovendo esse verdadeiro desmonte do Estado brasileiro não voltarão ao Congresso nas eleições do ano que vem. Eles serão derrotados.", destacou Vagner.

Com a aprovação do regime de urgência, não será possível pedir vista ou emendar a matéria na Comissão Especial que analisa o substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Agora, o substitutivo da Reforma Trabalhista, que é pior que o projeto original, poderá ser votado na Comissão Especial na próxima terça-feira (25) e no Plenário da Câmara no dia seguinte (26). O substitutivo apresentado na comissão contém graves ataques aos direitos dos trabalhadores.

Fonte: CUT