Sindicato de Londrina realiza reunião com funcionários do Dia Nacional de Luta

20 de março 2013
O Sindicato de Londrina realizou, na manhã de hoje (20/03), reunião com os funcionários do Banco do Brasil como forma de integrar as atividades do Dia Nacional de Luta. Nesta data, entidades de todo o País fizeram reuniões, manifestações e paralisações com o objetivo de forçar a direção do BB a discutir o Plano de Funções implantado de forma unilateral em 28 de janeiro deste ano.
O Plano de Função definido pelo BB, sem qualquer discussão com o movimento sindical, implica em redução no valor das comissões e assim, em muitos casos de perdas salariais. Para muitos funcionários a redução de garantias das verbas pessoais ainda não foi sentida, pois o banco, através de uma complementação de função, mantém o valor total da remuneração. Entretanto esta manobra terá reflexos negativos para o funcionário num futuro breve.
Há um bom tempo a direção do BB tem se mostrado intransigente, sem abertura ao diálogo e negociação. Tem mantido postura perseguidora e retaliadora àqueles que buscam seus direitos seja pela luta e/ou pela Justiça. Esta postura da direção está sendo incorporada nas unidades e aumentando muito os relatos de assédio moral.
“Temos enfrentado os ataques do BB em muitas frentes de luta. Foi denunciada em diversas instâncias do Governo Federal a gestão temerária praticado por esta direção, que pode aumentar consideravelmente o passivo trabalhista a ser pago pelo banco. Várias manifestações estão sendo realizadas em todo o Brasil para mostrar ao banco a insatisfação de seus funcionários e cobrar abertura de verdadeiras negociações”, explica Gisa Bisotto, secretária Geral do Sindicato de Londrina e funcionária do BB. De acordo com Gisa, também vem sendo cobrado na Justiça a reversão dos ataques aos direitos dos bancários.
Infelizmente os problemas enfrentados pelos funcionários do BB não se resumem ao Plano de Funções. A gritante falta de funcionários, aliada às intermináveis e altíssimas metas, têm levado os bancários “à loucura”, além de criar um ambiente favorável ao assédio moral, que aparentemente é incentivado pela direção do banco.
“Mais uma prova dos desmandos praticados pelo BB, que colaboram para criar insatisfação entre os bancários, é a cobrança de zeramento das folgas adquiridas em razão de trabalho para a Justiça Eleitoral ou própria disponibilidade do funcionário em trabalhar para o banco em dias úteis não trabalhados ou dias não úteis”, ressalta.
O funcionário trabalhou para o banco quando solicitado, abrindo mão de seu descanso semanal para atender a necessidade do empregador, então adquirindo folgas a serem convertidas em espécie ou usufruídas em outro momento, e agora o BB lhe impõe que as utilize ainda este mês, impedindo ou frustrando o planejamento de cada um.
“Alertamos os funcionários e os chamamos para participar das próximas manifestações que se mostram necessárias para enfrentar o Banco do Brasil. A luta é de todos nós”, reforça Gisa Bisotto.