Mesa de abertura discute condições de trabalho
19 de julho 2013
A 15ª Conferência Nacional dos Bancários teve início nesta sexta-feira, 19/07, com a apresentação de um painel sobre condições de trabalho, apresentado pelos professores Wilson Amorim e Roberto Heloani.
O professor Wilson Amorim fez uma apresentação sobre o processo de certificação do trabalhador bancário, como por exemplo, a necessidade de CPA 10 e CPA 20, que pressiona os bancários, pois acaba sendo uma exigência para a manutenção do emprego e evolução na carreira.
O Bacen, que é a agência reguladora, apresenta um volume contínuo e crescente de exigências de qualidade operacional no setor financeiro. Isto depende do aprendizado contínuo de um contingente de milhares de trabalhadores.
Destacou, por fim, a importância deste assunto ser tema de negociação entre trabalhadores e bancos.
Roberto Heloani destacou como os bancos não reconhecem o trabalho desenvolvido pelos bancários. “Quando você não reconhece o ser humano, não reconhece o trabalho”, disse Heloani.
No cenário atual, fica claro que no local de trabalho onde não há justiça, respeito ou racionalidade, cria-se um ambiente agressivo, onde o que vale é o resultado. As formas de obter esse resultado pouco importam.
“É importante iniciar nossa Conferência com destaque para as condições de trabalho. A pressão com a qual os bancários e bancárias convivem no dia a dia tem gerado, além do adoecimento físico e mental, um ambiente propício para a prática do assédio moral”, destaca Regiane Portieri, secretária de saúde do Sindicato de Londrina.
“O que falta nos bancos é o respeito ao trabalhador. As empresas nos tratam como máquinas, não reconhecendo a figura humana”, acrescenta Hermes Gonçalves, diretor administrativo do Sindicato de Apucarana.