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Paralisações engrossam o Dia de Mobilização Nacional da CUT

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18 de abril 2013

 

 





Diretores do Sindicato de Londrina no protesto
do HSBC da Av. Bandeirantes
   

O Sindicato de Londrina está paralisando hoje (18/04) as atividades de quatro agências do HSBC, uma atividade que faz parte do Dia Nacional de Luta dos funcionários contra demissões. A Contraf-CUT convocou esta mobilização para pressionar o banco inglês a respeitar os bancários e bancárias brasileiros, adotando políticas de valorização profissional e investindo em melhorias nas condições de trabalho.

O HSBC obteve lucro líquido de R$ 1,225 bilhão em 2012, um crescimento de 9,6% em relação a 2011, e uma rentabilidade de 13,05% sobre o patrimônio líquido médio. “Este excelente resultado é fruto do trabalho dos funcionários, que são obrigados a atingir metas absurdas. Além disso, a falta de pessoal nas agências gera sobrecarga de serviços e muitas filas”, afirma Valdecir Cenali, diretor do Sindicato de Londrina.

Somado a tudo isto, Valdecir diz que a insatisfação no banco cresce a cada dia. “Os funcionários estão cansados e desmotivados, pois sabem que o banco não reconhece o valor de seu quadro e todo ano muda as regras da PLR/PPR, pagando, quando muito, uma mixaria para aqueles que conseguem atingir as metas”, critica.



O Dia Nacional de Luta no HSBC também paralisou as
atividades da agência Tiradentes...
 
... e a agência Mister Thomas, localizada
na Rua Quintino Bocaiúva

 

Mobilização Nacional

O presidente do Sindicato de Londrina, Wanderley Crivellari, disse que o Dia de Luta dos funcionários do HSBC engrossou a Mobilização Nacional convocada pela CUT para esta quinta-feira (18/04). “Estamos juntos nesta movimentação da Classe Trabalhadora, que tem por objetivo pressionar o Governo Dilma Rousseff e o Congresso Nacional a atenderem nossas reivindicações”, explica.

Entre outras bandeiras defendidas pela Central está a luta pela rejeição na Câmara dos deputados do PL (Projeto de Lei) 4330/2004, que regulamenta a terceirização de serviços no país. “Esse projeto estabelece uma série de benesses para os patrões e ao mesmo tempo é uma ameaça aos direitos dos trabalhadores, incluindo os bancários, pois prevê a exclusão dos correspondentes bancários da exigência da especialização para a condição de prestação de serviços terceirizados”, aponta Wanderley.

A Mobilização Nacional convocada pela CUT também defende as seguintes reivindicações:

  • Redução da jornada de trabalho para 40 semanais, sem redução dos salários
  • Fim do Fator Previdenciário
  • Ratificação pelo Brasil da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), como forma de impedir demissões imotivadas
  • Destinação de 10% dos recursos do orçamento da União para a Educação
  • Negociação coletiva no setor público
  • Reforma agrária
  • 10% do orçamento da União para a saúde
  • Valorização das aposentadorias
  • Salário igual para trabalho igual entre homens e mulheres
  • Mais investimento público
  • Correção da tabela do Imposto de Renda.