Vigília em Brasília pede sanção da fórmula 85/95 para Dilma Rousseff

17 de junho 2015
Na noite de ontem (16/06), em Brasília, militantes da CUT e de outras Centrais Sindicais fizeram uma marcha pela Esplanada dos Ministérios até o Palácio do Planalto para pedir que a presidenta Dilma Rousseff sancione nova regra para o cálculo das aposentadorias.
A fórmula 85/95, apresentada pelo movimento sindical há alguns anos, foi aprovada pelo Congresso Nacional como alternativa ao Fator Previdenciário, que impõe grandes prejuízos aos trabalhadores na hora de se aposentar.
“Presidenta, a senhora não precisa de uma mancha como essa na sua carreira”, disse ao microfone Vagner Freitas, presidente da CUT, junto ao gradil que separava as cerca de 1,5 mil pessoas presentes ao protesto, reunidas na Praça dos Três Poderes, do Palácio do Planalto.
Durante a caminhada, os manifestantes levavam velas acesas, simbolizando a vigília em defesa dos benefícios dos aposentados.
Caso Dilma decida alterar o projeto aprovado pelo Congresso Nacional – ela tem até esta quarta-feira (17/06) para decidir – as Centrais prometem pressionar deputados e senadores para impingir uma derrota ao seu Governo, derrubando o veto.
“Nós viemos aqui para dizer para a Dilma que ela tem a oportunidade de marcar um gol de placa se sancionar a fórmula 85/95. E ela tem todas as condições políticas para fazer isso. O Congresso, que vota tanta coisa ruim, desta vez aprovou uma reivindicação da Classe Trabalhadora”, afirmou Vagner, minutos antes da chegada ao Palácio, sobre o caminhão de som que foi proibido pela polícia e pela segurança presidencial de seguir junto com os militantes que caminhavam.
“A Dilma foi eleita por essa gente oprimida que fez um grande esforço para derrotar a burguesia. Olhe para nós. Venha para os braços da Classe Trabalhadora”, completou o presidente da CUT, que também havia pedido aos manifestantes que não entrassem em choque com a polícia, o que desviaria o significado e o objetivo do ato.
Todos os dirigentes sindicais que se pronunciaram ao microfone repetiram a mesma promessa: se a Dilma vetar, as Centrais vão trabalhar para derrubar a decisão. “Vai ser um tiro no pé histórico”, sentenciou Vagner.
Fonte: CUT Nacional