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Previ

Em defesa da Previ, dos trabalhadores e da soberania dos nossos recursos

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17 de abril 2025

Criada há 121 anos pelos próprios funcionários do Banco do Brasil, a Previ é hoje o maior fundo de pensão da América Latina e exemplo mundial de gestão previdenciária com solidez, retorno e responsabilidade. É fruto do trabalho qualificado e comprometido de gerações de bancários – trabalhadores que sempre souberam cuidar da própria aposentadoria.

Mas esse patrimônio, que é dos trabalhadores e sustentado por sua contribuição, volta a ser alvo da velha sede do “mercado” e da elite burocrática acostumada a tratar o Estado como feudo. Os ataques à atual gestão da Previ – que conta com representantes sindicais e funcionários de carreira do Banco do Brasil, empresa pública e estratégica – escondem um preconceito histórico dos “renóis” e “mazombos” contra o que é público, popular e dá certo.

A tentativa de desestabilização passa por uma campanha articulada no TCU (Tribunal de Contas da União), onde um voto politizado e distópico do ministro Walton Alencar mistura ficção e insinuações infundadas sobre a gestão da Previ, contrariando o próprio relatório técnico da auditoria preliminar. O relatório aponta que o déficit temporário do Plano 1 decorre da volatilidade do mercado e da alta dos juros – e não de qualquer má gestão. A direção da Previ, inclusive, já prepara resposta detalhada, apontando as contradições e o viés político do ataque.

O que está em jogo é o controle sobre quase R$ 276 bilhões investidos com responsabilidade em setores estratégicos da economia. Diferente da narrativa rasa que quer associar participação em conselhos de empresas a supostos interesses obscuros, a Previ cumpre o que o mercado faz todos os dias: acompanha de perto as companhias nas quais investe. Não há nenhuma irregularidade em indicar conselheiros – e os resultados falam por si: só da Vale, nos últimos cinco anos, a Previ recebeu R$ 16 bilhões em dividendos, sustentando o equilíbrio dos planos e o pagamento de benefícios.

Esse ataque também atinge o movimento sindical e dirigentes, como João Fukunaga e Marcel Barros, que têm trajetórias irretocáveis no Banco do Brasil e nas entidades de representação. A tentativa de desqualificá-los repete o discurso elitista de que trabalhador não tem capacidade de gerir com excelência.

O exemplo do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, é emblemático: quando saiu do controle dos trabalhadores e caiu nas mãos do “mercado”, acumulou perdas bilionárias e prejuízos irreparáveis. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) chegou a multar gestores privados que causaram R$ 245 milhões em perdas ao fundo. Este é o futuro que querem impor à Previ?

Não aceitaremos. A Previ é dos trabalhadores, para os trabalhadores. E será defendida com a mesma competência com que foi construída.

Por Laurito Porto de Lira Filho, secretário de Formação do Sindicato de Londrina