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Aécio Neves é a favor da terceirização e critica adiamento da votação

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17 de abril 2015

O senador e candidato derrotado à presidência da República, Aécio Neves (PSDB), criticou ontem (16/04), em entrevista ao portal G1, o adiamento da votação do PL 4330. Ele manifestou sua posição pessoal pela aprovação do projeto do relator do PL 4330, sem levar em conta os destaques apresentados ao texto

Para Aécio, os deputados do seu partido que aceitaram o adiamento da votação podem ter sido influenciados "de forma artificial" em suas bases, reconhecendo que foram pressionados pelas manifestações promovidas pelos trabalhadores em todo o país. Na entrevista, o ex-governador mineiro afirmou também que vai enquadrar os tucanos que fugiram do “consenso” do partido.

“Vamos ver se até na próxima quarta-feira tenhamos uma evolução do PSDB, para que tenhamos uma posição unida”, declarou Aécio, dando a entender que fará tudo para que a terceirização sem limites seja aprovada na Câmara dos Deputados.

Veja aqui a integra da entrevista com o senador tucano.

Para Roberto Von Der Osten, presidente da Contraf-CUT a posição do senador Aécio comprova o que os trabalhadores temiam que ele fizesse, caso fosse eleito, a retirada de direitos trabalhistas e o aviltamento dos salários. 

"Nas eleições presidências nos defrontamos com dois projetos políticos. Um que ameaçava os trabalhadores, com redução de direitos e do salário mínimo, do candidato Aécio e outro, da candidata Dilma Roussef, que afirmava que não retiraria direitos dos trabalhadores, que decidimos apoiar. A bancada do PSDB de Aécio votou em peso pela terceirização e agora o próprio senador se manifesta a favor da maior afronta aos direitos dos trabalhadores desde a criação da CLT, o que mostra que estávamos corretos" afirma.

Mobilização contra PL4330 deve se intensificar 

A Contraf-CUT orienta a todos os Sindicatos e Federações a manter a mobilização contra o PL 4330 e continuar a denunciar os parlamentares que votaram contra os direitos dos trabalhadores, mostrando para a população quem são eles e a que partido pertencem. 
"Essa é a nossa força e já tem surtido alguns efeitos como a suspensão da sessão que votaria os destaques, vamos continuar firmes nessa luta", destaca o presidente da entidade. 

Fonte: Contraf-CUT e G1