Categoria define pauta de reivindicações

16 de maio 2016
Com o tema “Rumo à organização do ramo”, a 1ª Conferência Nacional dos Financiários, realizada entre os dias 12 e 14 de maio, reuniu na sede da Contraf-CUT trabalhadores e trabalhadoras do ramo, com o objetivo de definir as reivindicações e estratégias de luta do setor. Durante três dias, os financiários deliberaram as prioridades da minuta da categoria e o calendário da campanha salarial, com data-base em 1º de julho.
Na manhã do último dia de Conferência, neste sábado (14), a economista do Dieese, Katia Uehara, apresentou o Perfil dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, uma pesquisa realizada pelo Dieese a partir da RAIS de 2014 - Relação Anual de Informações Sociais. De acordo com a análise há 865.950 trabalhadores, dos quais não estão só em bancos, mas em cooperativas, empresas de seguros, previdência e financeiras. Ainda, segundo os dados, o número de financiários é de 7.772, mas muito trabalhadores estão registrados em outros ramos e a Contraf-CUT estima um número superior, que pode chegar a 500 mil em todo o Brasil.
Após a exposição da pesquisa, três grupos de trabalho apresentaram os principais pontos analisados na redação da minuta da categoria dividida entre os temas: 1) emprego e remuneração; 2) saúde, condições de trabalho e igualdade de oportunidades; 3) sistema financeiro e organização do ramo.
Segundo Luciano Moretto, diretor do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária, presente na 1ª Conferência, até o dia 19 de Maio, a minuta será encaminhada aos sindicatos e federações para apreciação em assembleias e deliberação sobre as cláusulas prioritárias a serem abordadas durante a Campanha Salarial dos Financiários de 2016. Os sindicatos terão o prazo até o dia 27 de maio para efetuarem as assembleias em suas bases. A previsão da entrega da minuta à Fenacrefi será na primeira semana de junho.
Entre as reivindicações destacam-se o reajuste de 14,71% (que corresponde à reposição da inflação projetada de 9,25% do INPC, entre 1º de junho/15 e 31 de maio/16, mais 5% de aumento real) para salários, vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários do funcionário(a); negociação do Plano de Cargos e Salários (PCS) que garanta valorização e igualdade de oportunidades para todos.
Fonte: Contraf-CUT
LM