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Plenária destaca importância da luta para garantir avanços na Campanha 2018

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16 de abril 2018


Professor de Economia e diretor do Sindicato de Apucarana, Antonio Pereira da Silva, fez uma análise da conjuntura durante a Plenária em Londrina

O Sindicato de Londrina realizou no dia 14 de abril, no Auditório Joaquim Borges Pinto, da Sede Administrativa, uma Plenária para organizar a Campanha Nacional Unificada 2018, avaliando como se dará a luta da categoria diante da habitual intransigência dos bancos.

Os debates tiveram a participação da advogada trabalhista Roberta Roberta Baracat De Grande e o diretor do Sindicato de Apucarana e economista Antonio Pereira da Silva, além de dirigentes do Sindicato.

As questões levantadas na Plenária, bem como os anseios da categoria manifestados na Consulta Nacional, que foi distribuída para os bancários e bancárias da base territorial de Londrina, serão encaminhados à Conferência Estadual, a ser realizada nos dias 28 e 29 de abril, em Curitiba. Neste evento serão aprovadas as propostas do Paraná para a Conferência Nacional.

A advogada Roberta Baracat de Grande abordou as principais alterações feitas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) pela Lei 13 467, aprovada no ano passado pela reforma trabalhista. Segundo ela, alteração que exige mais atenção e urgência é a que trata da Convenção Coletiva de Trabalho perder sua validade em 31 de agosto. ”Na prática, isso significa que se as pressões da categoria para que as negociações avancem não resultarem em nova CCT até a referida data, os salários e benefícios dos bancários terão redução ou supressão imediata. Há necessidade de grande mobilização de todos os bancários”, ressalta a advogada.

Roberta também falou sobre outras alterações relevantes nos direitos, como, por exemplo, a quitação anual dos direitos trabalhistas, a possibilidade de acordo individual sem a participação do Sindicato, o que expõe os empregados a aceitarem condições desfavoráveis de trabalho.

Antonio Pereira da Silva fez uma análise da conjuntura política e econômica na qual se dará a Campanha 2018, apontando também a necessidade de retomar a organização da categoria para impedir retrocessos nas discussões das reivindicações deste ano com os bancos. “O cenário é de dificuldades, mas isto é mais um fator para que bancários e bancárias tenham consciência de que os resultados da Campanha deste ano serão proporcionalmente iguais à nossa capacidade de lutar pelo que almejamos”, avalia.

Por Armando Duarte Jr.