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Lucro do primeiro trimestre tem alta de 2,2% e atinge lucro de R$ 2,5 bilhões

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15 de maio 2013

O Banco do Brasil divulgou ontem (14/05) o resultado do primeiro trimestre de 2013, revelando a obtenção de lucro líquido contábil de R$ 2,557 bilhões, que representa uma alta de 2,2% sobre o mesmo período do ano passado. Considerando o resultado ajustado, a instituição teve desempenho em linha com o esperado e lucrou R$ 2,685 bilhões, uma queda de 0,7%.

Analistas consultados pelo Jornal Valor Econômico esperavam lucro de R$ 2,7 bilhões, estável em relação ao mesmo período de 2012. A expectativa era de que, apesar de apresentar uma expansão do crédito bastante superior aos pares privados, resultados da Previ (fundo de pensão dos funcionários) poderiam trazer um impacto negativo. Desconsiderando a Previ, o lucro líquido contábil do banco cresceu 7,8% e alcançou R$ 2,445 bilhões de janeiro a março.

A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 592,7 bilhões, após crescer 25,6% em 12 meses e 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O destaque foi o portfólio para empresas, com expansão de 32,7% em 12 meses, enquanto para as famílias o aumento foi de 26,3%, desconsiderando as operações provenientes do Banco Votorantim e de carteiras adquiridas.

A taxa de inadimplência acima de 90 dias caiu para 2,0% no primeiro trimestre, ante 2,2% no mesmo período do ano passado, o que levou o BB a reduzir em 8,3% o montante destinado para provisões de débitos duvidosos.

De acordo com o Valor Econômico, os balanços dos três grandes bancos privados mostraram, entre outros destaques, queda dos spreads. Esse foi o fator que mais impediu uma expansão vigorosa do lucro de Itaú Unibanco (1,3%) e Bradesco (4,5%), na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, ao lado de mudanças no mix de crédito para linhas de empréstimos menos arriscadas e Selic mais baixa que no início de 2012. No caso do Santander, houve uma queda de 29,6%.

Para Gisa Bisotto, secretária geral do Sindicato de Londrina, o desempenho do Banco do Brasil no primeiro trimestre demonstra que, apesar da política de terror implantada pela atual diretoria, os funcionários têm feito seu papel. “Este resultado mostra que é possível rever o Plano de Funções e respeitar a jornada de trabalho legal, de seis horas, sem passar por cima dos direitos dos funcionários. Como banco público, o BB tem a obrigação de respeitar seu quadro e as Leis”, defende Gisa.

Fonte: Valor Econômico