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Banco do Brasil troca diretores e pretende demitir 18 mil funcionários

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13 de outubro 2016

O Banco do Brasil iniciou na terça-feira (11/10) mais uma reestruturação, segundo informou a imprensa, planejada desde o início do governo de Michel Temer (PMDB).

Das 27 diretorias, duas foram extintas: a Dimob (Crédito Imobiliário), responsável pelos financiamentos do Programa Minha Casa Minha Vida, e a Diref (Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas). As atribuições desta pasta ficarão com a recém-criada diretoria de Governança de Entidades Ligadas.

Com essas mudanças 10 diretores do banco perderam seus cargos e outros cinco foram transferidos para outras áreas. A área de Estratégia da Marca foi cindida para dar lugar às diretorias de Estratégia e Organização e de Marketing e Comunicação.

Novo PDV

Além dessas mudanças, o BB deve anunciar nos próximos dias mais um PDV (Plano de Demissões Voluntárias). Apesar de o banco não ter divulgados números, comenta-se que a meta é reduzir em até 18 mil o atual quadro composto por 115 mil funcionários.

A ideia do governo é tornar a instituição “mais leve”, o que poderá também reduzir seu leque de negócios.

Os 93 funcionários da Dimob foram avisados no final da tarde de terça-feira que a área será integrada à Diretoria de Empréstimos e Financiamentos (Diemp), na qual trabalham outras 133 pessoas. Isto levar crer que o enxugamento será inevitável.

A Dimob teve papel relevante quando foi criada, há cinco anos, separando-se da Diemp, pois a economia brasileira estava estável e o Programa Minha Casa Minha Vida gerava muitos financiamentos. Atualmente, o BB tem uma carteira respeitável, de R$ 53 bilhões em empréstimos voltados para a habitação.

A diretoria de Entidades Ligadas ficará subordinada à vice-presidência de Finanças e passará a acumular as funções da extinta Unidade de Gestão de Entidades Ligadas. A área será responsável pelo relacionamento com a Previ, o fundo de pensão dos funcionários, com a Cassi, o plano de saúde do banco, e com a Economus, fundo de pensão dos funcionários da Nossa Caixa.

Todas as alterações foram aprovadas pelo Conselho de Administração do BB.

Segundo informou o jornal Correio Brasiliense, técnicos envolvidos na reestruturação do Banco do Brasil dizem que todas as mudanças buscam a sobrevivência do banco, que perdeu muita competitividade nos últimos anos.

A rentabilidade média caiu de 14% para 7% ao ano. O atual presidente Caffarelli teria comentado com interlocutores que é inconcebível o maior banco do país estar tão distante de seus concorrentes privados. O motivo para isso, na opinião dele, foi o uso da instituição durante as administrações petistas para promover “políticas equivocadas de crédito”.

Fonte: Correio Brasiliense