Lucros dos bancos em 2017 são escandalosos

11 de abril 2018
|
O Vida Bancária desta semana destaca os lucros obtidos pelos bancos em 2017. Vivendo num mundo à parte da realidade, os bancos que operam no Brasil apresentaram lucros pra lá de exorbitantes, conforme demonstram os balanços.
Alheios aos efeitos da crise política e econômica que castiga as camadas menos abastadas da população, as instituições financeiras mantêm taxas de juros nas alturas mesmo após os sucessivos cortes aprovados pelo Copom (Conselho de Política Monetária) na taxa básica (Selic), arrancando o couro dos clientes que precisam de empréstimos, que utilizam o limite do cheque especial ou que não conseguem pagar à vista a fatura do cartão de crédito, sem falar nas tarifas caríssimas cobradas sem que haja uma contrapartida nos serviços prestados nas agências.
Juntos, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander e Safra somaram R$ 79,4 bilhões de lucro líquido em 2017, montante que poderia ser muito maior se não tivessem reservado valores significativos para as PDDs (Provisões para Devedores Duvidosos), numa manobra contábil encontrada para não demonstrar seus ganhos escandalosos e assim pagar menos impostos para o governo e uma participação menor para os funcionários.
“Vamos colocar estes números nas mesas de negociação da Campanha Unificada deste ano, cobrando dos bancos não só a sua responsabilidade social, mas também uma política de pessoal que não seja pautada tão somente na busca de resultados cada vez mais difíceis de serem alcançados e que estão afetando, em muito, a saúde física e psíquica da categoria bancária”, adianta Elizeu Marcos Galvão, presidente do Sindicato de Cornélio Procópio.
Campanha 2018
Os Sindicatos de Apucarana, Arapoti, Cornélio Procópio estarão distribuindo nestes dias os questionários da Consulta Nacional aos bancários e bancárias para levantar, de forma democrática as prioridades de luta da categoria para a Campanha Nacional Unificada 2018.
O jornal lembra que as respostas da Consulta servirão de base para os debates das Conferências Estaduais e da Nacional. Não é preciso se identificar.
Reuniões no Banco do Brasil
A mobilização para a Campanha deste ano já começou nas agências do Banco do Brasil localizadas nas bases dos Sindicatos de Apucarana e de Cornélio Procópio, conforme matéria que está na pág. 2 do Vida desta semana.
Nas reuniões com os funcionários e funcionárias estão sendo feitos relatos a respeito das principais demandas relacionadas à Previ e à Cassi, ao processo de reestruturação e, também, convocado todos a participar da construção da Campanha Nacional Unificada 2018.
Eleições do Economus
O Vida Bancária também divulga as eleições do Economus, fundo de previdência complementar e de assistência à saúde dos funcionários e funcionárias da antiga Nossa Caixa. A Contraf-CUT está apoiando as candidatas Adriana Ferreira e Sonia Zaia, que concorrem, respectivamente, para o Conselho Fiscal e o Conselho Deliberativo.
A votação estará ocorrendo até o 20 de abril por meio do SISBB e do site do Economus. Vote em Adriana e Sonia com a certeza de que são candidatas alinhadas com os interesses dos participantes e com independência em relação aos desmandos do banco frente à gestão do fundo de pensão.
Conselheiros cobram soluções para o Saúde Caixa
Nas páginas centrais, o Vida faz um relato sobre o ofício enviado pelos conselheiros eleitos do Saúde Caixa no dia 2 de abril, cobrando soluções do banco para os problemas existentes no Plano. O documento levanta as principais queixas dos usuários, que dizem respeito à demora para liberação de procedimentos, atrasos nos reembolsos e diferenças nas cobranças da coparticipação, dentre outros.
Leia ainda informações sobre o lucro de R$ 12,5 bilhões obtidos pela Caixa em 2017 e a mudança no comando da empresa, que agora tem na Presidência o empregado de carreira Nelson Antônio de Souza.
Congresso da Contraf-CUT elege nova direção
Na pág. 4, o Vida Bancária faz um resumo doa 5º Congresso da Contraf-CUT, realizado entre os dias 6 e 8 de abril, em São Paulo. No evento foi discutida a conjuntura atual, em especial os efeitos da reforma trabalhista nos direitos da categoria bancária, e aprovado o Plano de Lutas da entidade para os próximos quatro anos.
No evento também foi eleita a nova diretoria da Contraf-CUT, que tem como presidenta Juvandia Moreira.
O perdão de mais de R$ 300 milhões em dívidas tributárias que os bancos tinham com a União é tema de matéria nesta edição. Essa benesse foi dada pelo governo Michel Temer (MDB) ao setor mais lucrativo do País e um dos campeões em demissões imotivadas.
Na Coluna Espaço para a Saúde fique por dentro dos direitos que trabalhadores e trabalhadoras podem utilizar para não serem dispensados caso apresentem problemas relacionados à saúde.
Por Armando Duarte Jr.