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Ex-presidente do BC diz não saber o que vai sobrar dos bancos públicos na gestão do PSDB

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10 de outubro 2014

Cotado para ser ministro da Fazenda num possível governo de Aécio Neves (PSDB), Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso, defende uma “correção de rumo” na atuação dos bancos públicos federais do Brasil.

Com a frase: "Não estou advogando aqui fechar o BNDES", o economista que assessoria o candidato a República falou que a forma como o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal operam não favorece o crescimento e afirma que a intenção do possível governo neoliberal é mudar o papel destas instituições. "Mas não sei muito bem o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito", apontou Fraga.

Clique para ouvir o áudio de Armínio Fraga.

Para bons entendedores, o ex-assessor do banqueiro George Soros, apelidado no mercado financeiro internacional de o "destruidor de países", pretende repassar aos bancos privados a função de oferecer crédito para os setores produtivos, papel hoje que é feito pelo BNDES, BB e a Caixa.

Todos os países desenvolvidos cresceram com enormes investimentos públicos. E hoje, os países que mais crescem, são os que tem bancos públicos fortes, como a China.

Cabe lembrar que os bancos privados são justamente os principais responsáveis pelas periódicas crises financeiras que vem drenando recursos do Estado para mãos de algumas instituições bancárias.

A acusação de que os bancos públicos são capturados por interesses "públicos e privados" é inconsequente, porque finge ignorar que o mesmo acontece, numa escala infinitamente superior, com os bancos privados.

Os bancos públicos são a salvaguarda da soberania econômica e, portanto, também política do país.

Eles são o único instrumento do povo para reduzir o spread bancário e os juros reais, coisas com as quais Fraga não se preocupa e nem mesmo os banqueiros, como Roberto Setubal, do Itaú, que pratica uma das maiores taxas do mercado nacional.

O Brasil já conhece Armínio Fraga e não tem boas lembranças de sua atuação no Banco Central. Sua primeira medida foi elevar os juros para 45%.

E agora, o que será que ele fará caso seja ministro da Fazenda do governo do candidato do PSDB à Presidência da República?

Os abutres do capital especulativo estão torcendo para que isso ocorra. E você, também concorda em acabar com a atuação dos bancos federais e deixar tudo nas mãos dos banqueiros?

Pense bem nisso!

Fonte: site Brasil247