Entidades lançam campanha em Defesa do Saúde Caixa

09 de maio 2018
Durante reunião realizada nesta quarta-feira (9/05), em Brasília, do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae (Federação Nacional das Associações de Pessoal) da Caixa Econômica Federal, as entidades representativas dos trabalhadores lançaram a campanha “Saúde Caixa: eu defendo”.
A iniciativa tem o objetivo de sensibilizar os usuários para a importância da política de saúde e mobilizar empregados e empregados ativos, bem como os aposentados, para se engajarem na defesa desse modelo.
Dirigentes da Fenae, Apcefs, Contraf-CUT, Fenacef, Fenag, Advocef, Social Caixa, Aneac e Conselho de Usuários participaram do lançamento com o compromisso de difundir a campanha, que une toda a categoria em torno de uma causa da máxima importância para os trabalhadores da Caixa.
“Queremos mostrar que o Saúde Caixa é bom e deve ser valorizado. Essa campanha se baseia na união de todas as entidades representativas, em uma forte mobilização em defesa dos nossos direitos”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
A campanha trará conteúdos informativos sobre as coberturas do plano de saúde, os diferenciais em relação a planos de mercado, os marcos históricos desse importante direito conquistado pela categoria e contará com depoimentos de empregados da ativa e aposentados sobre suas experiências pessoais. No cronograma, está previsto o Dia de Luta para 24 de maio e a realização de seminário, audiência pública e outras ações.
Ataques ao Saúde Caixa
São muitos os ataques aos direitos dos trabalhadores, desde a reforma trabalhista, as propostas para reforma da Previdência, as ameaças aos fundos de pensão, o crescente número de demissões e a falta de renovação dos quadros de pessoal. Nesse contexto, os serviços de assistência à saúde dos trabalhadores também estão na mira.
Para justificar a redução de sua participação no custeio e a aplicação de aumento unilateral em desrespeito ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), a Caixa tem tentado convencer as pessoas de que o modelo de custeio do Saúde Caixa é insustentável, mesmo que os números do próprio banco demonstrem a sustentabilidade do modelo atual.
Outro ataque tem vindo por meio das resoluções CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União), que diminuem a participação das empresas estatais no custeio dos planos de saúde de seus empregados e criam uma série de condições mais restritivas para usuários e seus dependentes. O novo estatuto da Caixa, aprovado em janeiro, também impôs um teto para os gastos com o plano de saúde, estipulado em 6,5% da folha de pagamento e dos proventos pagos pela Funcef aos aposentados.
“Agora é a hora de todos os empregados e empregadas se unirem para defender o Saúde Caixa, que é um direito conquistado. Quanto mais o empregado se engajar, mais força teremos para impedir que a Caixa e o governo continuem os ataques ao plano de saúde do empregado”, afirma a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.
Fonte: Fenae