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Mulheres da CUT Paraná propõem ações essenciais para saúde e direitos no trabalho

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08 de julho 2025

O Coletivo de Mulheres da CUT Paraná realizou uma Conferência virtual no último sábado (5/07), preparatória para a V Conferência Estadual de Política para Mulheres e também para a etapa nacional.  Durante o evento foram debatidas e consolidadas propostas em três eixos principais, com foco na Saúde Mental das Mulheres trabalhadoras e elegeu suas delegadas para as etapas estadual e nacional.

Para a etapa Nacional, as delegadas eleitas foram: Eunice Miyamoto (CUT Paraná) como titular e Rosangela Gonçalves de Oliveira (Sindiedutec) como suplente. Para a etapa Estadual, as titulares eleitas são: Samanta Almeida Pereira (Fetec) e Patrícia Daniela Maciel (Sindiedutec). As suplentes são: Iria de Fátima Oliveira (APP) e Clair Simões Rodrigues (SISPPMUG).

O encontrou ainda contou com a participação de especialistas, como Fernanda Lou Sans Magano, psicóloga e presidenta do CNS (Conselho Nacional de Saúde), e Paola Emiliano de Morais, chefe da Vigilância Epidemiológica da 4ª Regional de Saúde de Irati.

A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraná e secretária de Saúde do Sindicato de Londrina, Eunice Miyamoto, destacou a relevância do encontro. "Esta Conferência Livre foi um passo fundamental para fortalecer a voz das mulheres trabalhadoras do Paraná. As propostas construídas aqui refletem nossas demandas mais urgentes e serão a base para garantir que saúde, segurança e igualdade sejam prioridades em todas as esferas. Estamos unidas e prontas para avançar nas próximas etapas”, comentou.

As propostas apresentadas nos eixos de debate durante o encontro foram:

Prevenção e Combate à Violência e Assédio no Trabalho

Criar ambientes de trabalho mais seguros. Isso inclui ampliar canais de denúncia eficazes e seguros, com mais assistência jurídica e psicológica nos centros de referência. Também buscam criar e divulgar redes de apoio, transformando o "Mulheres Mil" em política pública para o ensino profissionalizante. Para a tolerância zero à discriminação, defendem a não atenuação de pena para feminicídio, publicidade de estupradores em série para proteção das mulheres, proteção à vítima no processo (evitando contato com assediadores e mantendo-a informada) e impedimento de homens condenados por violência contra mulheres em concursos públicos.

No eixo Promoção da Saúde Mental e Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal, as propostas buscam o bem-estar das trabalhadoras, incluindo  a ampliação de jornadas flexíveis e o direito à desconexão, com redução da jornada de trabalho sem perdas. Pedem a expansão de licenças parentais e apoio ao cuidado universal, com Licença-paternidade efetiva e licenças remuneradas para cuidado de dependentes, além de mais creches acessíveis. Há um esforço para o reconhecimento da dupla jornada e suporte psicossocial, valorizando o trabalho de cuidado não remunerado e facilitando acesso a atendimento psicológico e psiquiátrico. Por fim, defendem a saúde mental como prioridade, com prevenção ao Burnout, e o fortalecimento de redes de apoio e autocuidado coletivo. Como proposta transversal a criação de mecanismos de Cuidado Especializado para Mulheres com Doenças Crônicas.

No eixo Fortalecimento da Representação e Ação Sindical pela Saúde da Mulher, propõem-se treinamentos específicos sobre saúde mental, assédio e violência de gênero para mulheres, com financiamento público. Buscam incentivar a participação de mulheres em cargos de direção dos sindicatos, defendendo cotas de paridade (50%) e apoio financeiro para cuidado dos filhos das dirigentes. Além disso, querem a implementação de observatórios sobre a saúde mental da mulher trabalhadora no Paraná, com pesquisas sindicais periódicas e articulação com movimentos sociais, também com financiamento público. 

Por Redação CUT-PR