Massacre de Curitiba promove baixas no governo do Paraná

08 de maio 2015
A desastrada ação do governador Beto Richa (PSDB), de aprovar a todo custo o confisco na ParanaPrevidência, que terminou com o massacre da PM (Polícia Militar) aos servidores estaduais no último dia 29 de abril, em Curitiba, resultou em baixas em seu secretariado.
Agora há pouco, o secretário de Segurança, Fernando Francischini, entregou ao governador seu pedido de renúncia, esperado desde o início da semana, depois de ter declarado à imprensa que a ação desmedida contra os servidores foi necessária para conter “black bocs” e pessoas infiltradas no movimento.
O primeiro a cair foi o secretário da Educação, Fernando Xavier, que pediu para sair no dia 4 de maio. Ontem (7/05), foi a vez do comandante da PM, coronel César Kogut renunciar ao cargo. Kogut disse que não havia condições de permanecer depois das contradições com o Francischini, sobre a responsabilidade do massacre aos servidores.
Kogut relatou em carta enviada ao governador que o secretário estava sabendo de tudo o que seria feito para conter os grevistas, inclusive participou da definição das estratégias e sabia das consequências da ação da PM. Francischini declarou à imprensa que o resultado do ataque aos servidores era responsabilidade da PM, retirando o corpo fora do desgaste que a operação causou a Beto Richa.
Agora o ex-secretário de Segurança vai reassumir o cargo de deputado federal, onde vai participar da chamada “bancada da bala”, aquela que defende a redução da maioridade penal e outros atos que atentam contra os direitos humanos, como foi o massacre aos servidores do Paraná com bombas, balas de borracha e cães.
Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado - 2.495/PR