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Cade cobra qualidade para autorizar compra dos ativos do HSBC no Brasil

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08 de abril 2016

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) autorizou esta semana o Bradesco a comprar os ativos do HSBC no Brasil, mas sob a condição de que os clientes do banco britânico não tenham que enfrentar os problemas existentes na instituição brasileira.

Estudo do Cade avaliou que o aumento da concentração do setor, após essa transação, não será o maior dos problemas, porque o Bradesco, que tinha em 11,4% dos depósitos em 2014, chegaria a 14,5% com a aquisição do HSBC.

Mesmo, assim continuaria em quarto lugar no marcado nacional, que tem como líder o Banco do Brasil, com índice de 25,3%, Caixa (22,6%) e Itaú (16,7%) e o Santander, na quinta colocação, com 7,7% dos depósitos.

Pesou nesta decisão do órgão o fato de o Bradesco estar em segundo lugar no ranking de reclamações procedentes dirigidas aos consumidores de serviços bancários dirigidas ao Banco Central.

Segundo apurou o Cade, É o banco que mais cobra tarifas irregulares por serviços não contratados e que mais presta serviços de maneira irregular em contas-salário, de acordo com a ouvidoria do BC, além de ser o segundo pior em quatro outras "categorias" de reclamação.

Entre outros compromissos que estará obrigado a adotar, o Bradesco deverá prezar pela comunicação e transparência, treinamentos, indicadores de qualidade e compliance. O objetivo é aliviar as falhas de serviço que futuros ex-clientes do HSBC herdarão do Bradesco, um banco que patina no atendimento a clientes com mais dinheiro.

Por isso, terá que manter a qualidade dos serviços prestados atualmente pelo HSBC aos clientes premier, entre outros benefícios existentes.

Fonte: Época