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Saúde

Segunda mesa debate ambiente de trabalho saudável

Segunda mesa debate ambiente de trabalho saudável

04 de maio de 2024

Debatedores falaram sobre segurança nos bancos e o aumento dos adoecimentos no setor financeiro

Saúde, Segurança e Condições de Trabalho foi o tema da segunda mesa temática da 26ª Conferência Estadual dos Bancários e Bancárias do Paraná, que está ocorrendo no Hotel LondriStar, em Londrina, nestes dias 4 e 5 de maio.

Elias Henemann Jordão, secretário de Comunicação da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), disse que as reestruturações feitas pelos bancos nos últimos anos estão transformando agências físicas em agências de negócios, fragilizando a segurança desses locais de trabalho. “Não adianta dizer para o bandido que nestes locais não tem movimentação de dinheiro, porque banco continua sendo banco e o bancário corre perigo”, salientou.

Na avaliação dele, a categoria tem que lutar para manter vigilantes e portas de segurança nos bancos e para conseguir isso é necessário que o GT (Grupo de Trabalho) sobre este tema precisa continuar se reunido com as representações dos bancos para garantir os mecanismos que garantem tranquilidade para que os bancários e bancárias possam trabalhar com tranquilidade.


Elias Jordão defendeu a manutenção do atual modelo de segurança nos bancos

Adoecimento nos bancos

O doutor e mestre em Psicologia Social, assessor técnico da Fetraf/RS (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul) e do Departamento de Saúde do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, André Luiz Guerra da Silva, falou sobre os impactos do trabalho na saúde do trabalhador.

Segundo ele, as novas tecnologias estão desafiando os limites do ser humano e quando o bancário procura o Sindicato após ser demitido quem está ali não mais o bancário, mas um cadáver. “Precisamos encontrar meios de mudar este modelo para garantir saúde e direitos, porque, porque todo mundo quer ter uma vida melhor”, ressaltou o psicólogo, avaliando que o tema saúde tenha mais destaque no movimento sindical.

André também comentou sobre o individualismo e a competitividade existentes atualmente no setor financeiro, decorrentes da imposição de metas cada vez mais altas.

Ainda sobre a questão de saúde, a assistente social do Sindicato de Curitiba, Juliana Morais, fez um relato sobre os atendimentos que são feitos não só aos bancários e bancárias adoecidos que procuram a entidade, mas também suas famílias em busca de auxílio. De acordo com ela, é elevado o número de casos de adoecimento mental na categoria e faltam vagas para internamento nos serviços de saúde, o que agrava mais a situação.


Juliana Morais alertou para a falta de atendimento aos bancários adoecidos

Texto e fotos por Armando Duarte Jr.
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