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Conferência Nacional dos financiários aprova minuta de reivindicações

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04 de maio 2018

Foi encerrada nesta sexta-feira (4/05), em São Paulo, a 3ª Conferência Nacional dos Financiários, que definiu Minuta de Reivindicações a ser apresentada à Fenacrefi (Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), iniciando a Campanha Nacional da categoria, que tem como data base 1º de junho.

Jair Alves, coordenador do Coletivo das Financeiras da Contraf-CUT, afirma que o objetivo é manter a atual Convenção Coletiva de Trabalho, com ajustes. “Esta será a primeira negociação após a reforma trabalhista. Por isso temos que garantir a manutenção dos nossos direitos, com garantias de que a nova lei não nos afete.”

Antes da apresentação para a entidade de representação patronal, as reivindicações passarão pela avaliação do Comando Nacional dos Bancários e da categoria, por meio de Assembleias.

Para Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, a grande batalha desse ano vai ser dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras sobre o quanto as eleições são estratégicas para a gente.

“Nós queremos manter nossos direitos ou queremos perder ainda mais direitos? A nova lei trabalhista trouxe uma série de prejuízos para a Classe Trabalhadora e nós não vamos resgatar isso se não mantivermos a democracia, o direito de manifestação popular. A gente precisa dizer isso. Está na hora de unir a Classe Trabalhadora, pois juntos somos mais fortes. A males que vem para o bem. O ruim disso tudo é a perda de direitos, mas o bom é uma Classe Trabalhadora mais unida, politizada e fortalecida.”

Na manhã desta sexta, Barbara Valejos, técnica da subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) na Contraf-CUT, fez um relato sobre a reunião de coordenação do Macrossetor de Serviços da CUT, realizada ontem, que mostrou a importância da organização de base. Barbara ainda abordou o compartilhamento das sindicalizações.

“A cada ano a Conferência Nacional dos Financiários cresce na participação das representações e avança na qualidade dos debates específicos do ramo financeiro, o que me deixa muito otimista para conquistarmos mais”, afirmou Katlin Salles, do Sindicato dos Bancários de Curitiba.

“Os financiários do Estado do Paraná, representados pela Fetec-CUT/PR, precisam se engajar nesta luta, participando das instancias de deliberações e atos, para que juntos consigamos manter e agregar anseios da categoria” afirmou Eliane Fontana, diretora do Ramo Financeiro na Fetec-CUT/ PR.

Emprego

Na tarde de quinta-feira (4), Catia Uehara, economista do Dieese no Sindicato dos Bancários de São Paulo, apresentou um estudo sobre o emprego nas financeiras. A Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, registrou a existência de 5.624 financiários em dezembro de 2016. Essa categoria de trabalhadores representa 0,7% do total do emprego no sistema financeiro formal (853.575).

Quando se observa a evolução do emprego no setor financeiro no período compreendido entre 2006 e 2016, nota-se que os financiários tiveram aumento de 17,3% no emprego, passando de 4.796 trabalhadores em 2006 para 5.624 em 2016. Tal crescimento foi inferior à média observada para o Sistema Financeiro (28,7%).

Por outro lado, as financeiras aumentaram significativamente a contratação de correspondentes bancários no período. Em dezembro de 2007, as financeiras haviam contratado 4.134 correspondentes bancários. Em dezembro de 2016, esse número subiu para 34.568, representando aumento de 736,2%.

A remuneração média dos financiários aumentou 15,5%, em termos reais, entre 2006 e 2016, ganho superior àquela percebida na média do Setor Financeiro (7,6%).

Quanto ao perfil, os dados dos Registros Administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, demonstram que as mulheres são maioria (57%) entre os financiários, porém, recebem remunerações, em média, 31,9% inferiores à dos homens.

Fonte: Contraf-CUT