Coletivo Nacional discute regulamentação do Estatuto da Segurança Privada

03 de abril 2025
O Coletivo Nacional de Segurança do Ramo Financeiro se reuniu, nesta quinta-feira (3/04), em São Paulo, para debater a regulamentação do Estatuto da Segurança Privada em instituições financeiras. A norma, que tem sido objeto de análise do Poder Público e de entidades representativas do setor, ainda carece de ajustes para garantir maior clareza e segurança jurídica.
O diretor do Sindicato, Edvaldo Zanutto, participou da reunião do Coletivo.
Os participantes da reunião apontaram que, embora haja um esforço significativo para a regulamentação, o Decreto Regulamentador precisa de uma revisão mais aprofundada. Segundo os representantes do coletivo, algumas entidades corporativas buscam incluir dispositivos que atendam exclusivamente às suas necessidades, mas a norma deve priorizar o interesse da sociedade como um todo.
Durante o encontro foram identificadas inconsistências terminológicas na proposta do Decreto que podem gerar confusão na interpretação da norma, além de artigos que extrapolam os limites da legislação vigente e até mesmo contrariam seus dispositivos. Diante disso, o Coletivo decidiu encaminhar sugestões de alteração ao texto enviado pela Direção da Polícia Federal, a fim de contribuir com um aprimoramento do regulamento.
O presidente da CNTV (Confederação Nacional dos Trabalhadores de Vigilância), José Boaventura, participou da reunião e informou que o Decreto já está em vigor. No entanto, foram definidas algumas mudanças necessárias para o setor financeiro. Para discutir essas reivindicações, o coletivo decidiu enviar um ofício ao secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marivaldo de Castro Pereira, solicitando uma audiência para tratar das modificações no Estatuto.
Jair Alves dos Santos, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança do Ramo Financeiro, destacou a importância da revisão do Decreto: "Nosso compromisso é garantir que a regulamentação seja clara e eficaz, atendendo às reais necessidades da segurança privada e dos trabalhadores do setor financeiro. Vamos continuar atuando para que as mudanças necessárias sejam implementadas e para que a segurança nas instituições financeiras seja aprimorada sem comprometer os direitos dos trabalhadores".
A discussão sobre a regulamentação da segurança privada já havia sido tema de um encontro realizado entre os dias 10 e 12 de dezembro de 2023, em Brasília. O evento contou com a participação de entidades sindicais e patronais para debater a implementação da Lei 14.967/2024, que estabelece novas diretrizes para a segurança no setor.
Durante o evento, foram propostas medidas para aprimorar a segurança e garantir a proteção tanto dos trabalhadores quanto das instituições financeiras. A avaliação crítica da legislação aprovada e as sugestões apresentadas pelos representantes sindicais são passos importantes para assegurar um ambiente mais seguro e equilibrado para todos os envolvidos no setor financeiro.
Fonte: Contraf-CUT