O Itaú divulgou ontem (31/10) seu balanço financeiro, referente ao terceiro trimestre deste ano, que apresentou lucro líquido de R$ 5,394 bilhões.

De janeiro a setembro de 2016, o lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 16,3 bilhões, o que representa uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado de 20%, com redução de 4,5 pontos percentuais em 12 meses.

Apesar disso, esta queda não é relevante, pois a rentabilidade está num patamar muito acima do que se verifica no sistema financeiro internacional.

“Esse resultado não condiz com o momento de crise pelo qual passa o país e o mundo, mas é explicado pelo elevado número de postos de trabalhos cortados e fechamento de agências, num processo em que o Itaú aposta na exploração dos clientes e funcionários para elevar ainda mais o ganho fácil”, aponta Kelly Menegon, diretora do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE (Comissão de Organização dos Empregados).

Conforme revela o balanço, nos últimos 12 meses o banco cortou 2.753 postos de trabalho e encerrou as atividades de 207 agências.

Segundo a análise do Dieese, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 151,2%. As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 8,8% em 12 meses e somaram R$ 24,6 bilhões.

Segundo afirma Kelly, esse excelente desempenho também se explica pela abertura de agências digitais por todo o país, que é mais uma estratégia do Itaú para abaixar seu custo operacional, às custas de más condições de trabalho para os bancários e bancárias e atendimento precário aos clientes.

Clique aqui para ver na integra a análise do Dieese sobre o balanço do Itaú.

Fonte: Contraf-CUT