Ação sindical põe fim à perseguição na Caixa

Ação sindical põe fim à perseguição na Caixa

29 de janeiro de 2024

Após denúncia da Contraf-CUT e da Fenae, Caixa assina TAC com MPT para permitir que empregados descomissionados por perseguição da gestão Pedro Guimarães contabilizem experiência no PSI para concorrer a funções gratificadas e cargos comissionados.

Após denúncias da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da), a Caixa Econômica Federal assinou um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o MPT/DF (Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal) para assegurar que os trabalhadores e trabalhadoras descomissionados e transferidos para agências por perseguição da gestão de Pedro Guimarães possam participar dos PSIs (Processos Seletivos Internos) e concorrer a funções gratificadas e cargos comissionados. A experiência acumulada nos últimos 10 anos será considerada no processo. A Contraf-CUT e a Fenae participaram das negociações e da audiência para a assinatura do TAC. “Essa era uma demanda das entidades associativas e dos Sindicatos para que se fizesse justiça aos empregados que foram perseguidos pelo ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. A experiência desses trabalhadores, acumulada durante anos de serviços, é essencial para a Caixa, e o TAC garantirá que essa experiência seja contabilizada no processo de seleção”, observou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. Na gestão de Pedro Guimarães, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), empregados que ocupavam cargos de direção e superintendência na estatal foram transferidos de forma arbitrária para agências. A medida foi vista como perseguição a empregados que ocupavam cargos estratégicos em governos anteriores. “Assim, pessoas com vasta experiência, excelente currículo e conhecimentos importantes estavam com seus talentos desperdiçados”, avaliou o presidente da Fenae. “Não podemos tolerar perseguições políticas ou pessoais. Gostaríamos de ter avançado mais com o retorno desses empregados às suas antigas funções, mas entendemos que o TAC foi um avanço, no qual a Caixa inclusive, reconheceu a perseguição”, disse a coordenadora da CEE (Comissão Executiva dos Empregados), Fabiana Uehara Proscholdt. “Esperamos, com isso, que essas situações não mais ocorram e que o acordo possa ajudar os colegas dentro da estrutura do banco”, completou. Pelo TAC, o banco agora se compromete a contabilizar a experiência anterior em funções gratificadas no período de referência dos últimos 10 anos para todos os empregados interessados em concorrer a funções gratificadas e cargos comissionados nas sistemáticas de seleção institucionalizadas, como o PSI tradicional, banco de sucessores e Experiência Oportunidade Caixa. Vale ressaltar que, na metodologia de seleção institucional denominada Score, o período considerado será de cinco anos. Confira aqui a íntegra do TAC. Leia também: - Imprensa repercute assinatura de TAC entre Caixa e MPT Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT
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