Igualdade

21 de Março é dia para refletir sobre a discriminação racial

21 de Março é dia para refletir sobre a discriminação racial

21 de março de 2024

Data foi instituída pela ONU para lembrar dos negros mortos no massacre na África do Sul em 1960 e é referência na luta pela igualdade racial

O Dia 21 de Março não é apenas mais uma data no calendário, mas sim o momento para refletir sobre a discriminação racial. O Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1976, para lembrar o massacre de dezenas de pessoas em Johanesburgo, na África do Sul em 1960.

Passados 48 anos da criação desta data houve avanços em relação à temática, mas em muitos países, em especial o Brasil, a discriminação racial ainda existe em todos os setores da sociedade.

De acordo com o Censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país tem 43,5% de sua população que se identifica como parda e outros 10,2% de pretos. Mesmo assim, a discriminação vem ocorrendo de forma sistemática, relegando a este segmento da sociedade dificuldades para ingressar no mercado de trabalho e a garantir uma remuneração igual às pessoas brancas.

O setor financeiro é um exemplo desse racismo estrutural existente no Brasil. O 3º Censo da Diversidade na categoria bancária, realizado em 2019 mostrou que apenas 24,7% dos bancários são afrodescendentes (sendo 3,4% pretos e 21,3% pardos). Já a renda da população negra no segmento bancário corresponde a 87,3% do que recebem os brancos e com as mulheres negras a diferença chega a 68,2% em relação aos trabalhadores brancos que realizam a mesma atividade nos bancos.

“Essa luta pela igualdade é diária e deve ser feita em todos os setores da nossa sociedade. Na Campanha Nacional deste ano vamos colocar propostas nas mesas de negociações com os bancos para que ampliem a inclusão de pessoas afrodescendentes em seus quadros e que também possibilitem a eles ascensão na carreira profissional”, adianta o secretário de Formação do Sindicato de Londrina, Laurito Porto de Lira Filho.

Por Armando Duarte Jr.

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